Nova marca de referência para este local, praticamente desconhecido para a maior parte dos pilotos nacionais.
Deixo aqui um agradecimento a todos aqueles que, há um par de anos, ajudaram a limpar a zona que vai servindo de descolagem, apesar das suas limitações.
O local merece a atenção que vai tendo por parte de um pequeno grupo de pilotos que o vão frequentando com uma regularidade algo espaçada, pois a par de ser uma zona com um enorme potencial para o voo térmico e consequente beneficio para o XC, o sitio consegue reunir qualidades interessantes para o voo local, pela elevada extensão dos apoios que oferecem os afloramentos rochosos que se estendem por cerca de 27kms, entre os Montes da Senhora a Oeste e S. Simão a leste. As cordenadas locais são de molde a protegê-lo do avanço das frentes que percorrem o territorio nacional se SW para NE, que muitas vezes provocam precipitação no norte do país e até à linha do Mondego e deixam ilesas as zonas a leste da Sertã e de Proença. Esta localização permite muitas vezes voar em dinâmico ou termodinâmico em periodos do ano ainda longe dos dias estivais, e nos dias mais quentes a restituição costuma ser volumosa e consistente.
As travessias das Portas do Almorão, nas margens do Ocreza e sobretudo das conhecidas Portas do Rodão, no Tejo, são momentos inesqueciveis, quase sempre na companhia dos abutres que fazem do local a sua casa. Os voos para norte são simplesmente a saída para uma das melhores zonas do país para se fazer voo de distância, de resto todos os pilotos de cross experientes que percorrem o caminho mais habitual de norte para sul, entre a Estrela ou a Gardunha, passando pelos planos de Castelo Branco até à linha do Tejo sabem a que me refiro.
Infelizmente e apesar de há alguns anos atrás ter enviado alguns emails, designadamente à CM de Vila Velha de Rodão e à FPVL no sentido de obter algum feedback para a abertura de uma descolagem e aterragem oficiais, a resposta não trouxe resultados. Um vereador do desporto, na altura, ainda me disse que iria colocar a questão à edilidade, mas nem sei se o chegou a fazer. Da FPVL não obtive qualquer resposta.
Pelo acima exposto se torna claro que, por interessante que seja o potencial do local, e posso garantir que o é, não se pode censurar os pilotos por se sentirem desconfortaveis ou mesmo inibidos a experimentar um local onde os locais de descolagem são sofriveis ( não pela orografia que é favorável mas pelo manto vegetal local ) e as aterragens possiveis são técnicas, podendo tornar-se dificeis num dia mais duro.
Deste modo só é possivel ir descolando e voando por alí se de vez em quando alguns de nós se dispuserem a levar umas ferramentas e a perder uma horas de tempo e transpiração para manter minimamente aberta uma clareira de descolagem. Pela minha parte dou por bem empregue o tempo e suor que já lá deixei mas, logicamente, o local nunca poderá ter outra projecção sem estarem reunidas outras condições que aumentem o nivel de segurança até ao ponto de, pelo menos, todos os pilotos que já dominam o voo em ascendente térmica, lá poderem voar.
A possibilidade de isso acontecer na minha geração de pilotos vai-se tornando cada vez mais reduzida a cada ano que passa mas tenho a impressão de que se um dia aparecer um grupo de praticantes mais perto do local, como por exemplo em Castelo Branco ou Proença isso pode gerar o impulso que falta. Até lá, pouco mais me resta do que a partilha da informação que fui reunindo sobre o local e que pode ajudar alguém a tentar aventurar-se a voar por alí sem fazer disso um completo salto para o desconhecido. Sim porque apesar de toda a novidade que foi fazer alí as primeiras experiências em voo livre, tudo isso foi precedido com 2 ou 3 voos de reconhecimento com auxilio de paramotor! È verdade, por incrivel que pareça a minha loucura tem limites :)
Se pelo menos conseguir contribuir para que algum piloto perceba o potencial do local e o leque de condições em que ele pode ser usado já me darei por contente.
Parabéns pelo teu voo, que segui "ao vivo": não é todos os dias que um gajo faz um voo de mais de 100km dum lugar que só ele - e mais meia dúzia de pilotos...- conhece. Estou muito curioso acerca desse teu Monte Perdigão, que pouparia duas horas aos lisboetas que, com SW, preferissem a Azinha a Castelo de Vide. Um problema parecem ser as aterragens: achas que, como está, há por lá algum campo que proporcionasse 200m lisos ou a subir onde se pudesse aterrar de asa delta com segurança? Abraço e até ao Verão.
Epá, assim de repente... não estou a ver, mas como os planeios das nossas asas são bastante inferiores também não devo ter tido em atenção possibilidades que não contemplassem esta característica.
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Nova marca de referência para este local, praticamente desconhecido para a maior parte dos pilotos nacionais.
Deixo aqui um agradecimento a todos aqueles que, há um par de anos, ajudaram a limpar a zona que vai servindo de descolagem, apesar das suas limitações.
O local merece a atenção que vai tendo por parte de um pequeno grupo de pilotos que o vão frequentando com uma regularidade algo espaçada, pois a par de ser uma zona com um enorme potencial para o voo térmico e consequente beneficio para o XC, o sitio consegue reunir qualidades interessantes para o voo local, pela elevada extensão dos apoios que oferecem os afloramentos rochosos que se estendem por cerca de 27kms, entre os Montes da Senhora a Oeste e S. Simão a leste. As cordenadas locais são de molde a protegê-lo do avanço das frentes que percorrem o territorio nacional se SW para NE, que muitas vezes provocam precipitação no norte do país e até à linha do Mondego e deixam ilesas as zonas a leste da Sertã e de Proença. Esta localização permite muitas vezes voar em dinâmico ou termodinâmico em periodos do ano ainda longe dos dias estivais, e nos dias mais quentes a restituição costuma ser volumosa e consistente.
As travessias das Portas do Almorão, nas margens do Ocreza e sobretudo das conhecidas Portas do Rodão, no Tejo, são momentos inesqueciveis, quase sempre na companhia dos abutres que fazem do local a sua casa. Os voos para norte são simplesmente a saída para uma das melhores zonas do país para se fazer voo de distância, de resto todos os pilotos de cross experientes que percorrem o caminho mais habitual de norte para sul, entre a Estrela ou a Gardunha, passando pelos planos de Castelo Branco até à linha do Tejo sabem a que me refiro.
Infelizmente e apesar de há alguns anos atrás ter enviado alguns emails, designadamente à CM de Vila Velha de Rodão e à FPVL no sentido de obter algum feedback para a abertura de uma descolagem e aterragem oficiais, a resposta não trouxe resultados. Um vereador do desporto, na altura, ainda me disse que iria colocar a questão à edilidade, mas nem sei se o chegou a fazer. Da FPVL não obtive qualquer resposta.
Pelo acima exposto se torna claro que, por interessante que seja o potencial do local, e posso garantir que o é, não se pode censurar os pilotos por se sentirem desconfortaveis ou mesmo inibidos a experimentar um local onde os locais de descolagem são sofriveis ( não pela orografia que é favorável mas pelo manto vegetal local ) e as aterragens possiveis são técnicas, podendo tornar-se dificeis num dia mais duro.
Deste modo só é possivel ir descolando e voando por alí se de vez em quando alguns de nós se dispuserem a levar umas ferramentas e a perder uma horas de tempo e transpiração para manter minimamente aberta uma clareira de descolagem. Pela minha parte dou por bem empregue o tempo e suor que já lá deixei mas, logicamente, o local nunca poderá ter outra projecção sem estarem reunidas outras condições que aumentem o nivel de segurança até ao ponto de, pelo menos, todos os pilotos que já dominam o voo em ascendente térmica, lá poderem voar.
A possibilidade de isso acontecer na minha geração de pilotos vai-se tornando cada vez mais reduzida a cada ano que passa mas tenho a impressão de que se um dia aparecer um grupo de praticantes mais perto do local, como por exemplo em Castelo Branco ou Proença isso pode gerar o impulso que falta. Até lá, pouco mais me resta do que a partilha da informação que fui reunindo sobre o local e que pode ajudar alguém a tentar aventurar-se a voar por alí sem fazer disso um completo salto para o desconhecido. Sim porque apesar de toda a novidade que foi fazer alí as primeiras experiências em voo livre, tudo isso foi precedido com 2 ou 3 voos de reconhecimento com auxilio de paramotor! È verdade, por incrivel que pareça a minha loucura tem limites :)
Se pelo menos conseguir contribuir para que algum piloto perceba o potencial do local e o leque de condições em que ele pode ser usado já me darei por contente.
Bons voos,
Daniel FF
Daniel,
Parabéns pelo teu voo, que segui "ao vivo": não é todos os dias que um gajo faz um voo de mais de 100km dum lugar que só ele - e mais meia dúzia de pilotos...- conhece. Estou muito curioso acerca desse teu Monte Perdigão, que pouparia duas horas aos lisboetas que, com SW, preferissem a Azinha a Castelo de Vide. Um problema parecem ser as aterragens: achas que, como está, há por lá algum campo que proporcionasse 200m lisos ou a subir onde se pudesse aterrar de asa delta com segurança? Abraço e até ao Verão.
Epá, assim de repente... não estou a ver, mas como os planeios das nossas asas são bastante inferiores também não devo ter tido em atenção possibilidades que não contemplassem esta característica.