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No dia seguinte, segundo da Vuelta, com a ajuda do Iñaki no briefing, a perspectiva era de tormentas cedo no cimo da serra, com tectos que evoluiriam de 2000 a 3000 m e vento de 10 a 25 km/h de entre N e O. Logo de manhã as nuvens densas e escuras acumularam-se por cima da Serra de la Mujer Muerta e via-se chover nessa área. O vento estava mais forte que previsto de NO e eu, medricas, não estava muito seguro do dia e da possibilidade de cumprir o plano de ir voar até ao aeródromo de Valle de Amblés, a 55 km. Apesar disso fui dos primeiros a descolar para outro reboque inseguro que me levou 1 km para sotavento do aeródromo e pouco mais de 400 m de altura. Desci, de novo, até 150 m de altura, tentando com dificuldade chegar ao aeródromo com o vento contra para outra descolagem, até que vi o Konrad a enrolar por cima de mim, apanhei a térmica dele a 1 m/s, subi 500 m mas derivei 2,5 km até que a “perdi”, pensando que se derivasse mais, para cima da serra e para baixo das nuvens horríveis, provavelmente já não conseguiria chegar ao aeródromo. Todo esticadinho lá consegui chegar e pus-me na bicha para os reflights, com pouca fé no voo do dia e cheio de dúvidas sobre se descolaria de novo. À minha frente o Guty descolou de novo e o Roberto alinhou-se para a descolagem com a ajuda da Vera. Vimo-lo, impotentes, dar a ordem de iniciar o reboque e a sua dolly ficar enganchada no patim esquerdo da asa que subiu 10 m e virou à esquerda para se esbardalhar violentamente na borda da pista. Todos corremos para ele, que estava inconsciente debaixo da asa partida, grunhindo para horror do Roberto júnior, seu filho. A hora seguinte foi triste, tendo ele acordado e parecendo estar não tão mal como inicialmente parecia. Tirámos-lhe o capacete e cortámos alguma da roupa, mantendo-o o menos desconfortável possível até começarem a chegar... carros da polícia, uns atrás dos outros. Finalmente um carro grande, vermelho, com luzes azuis: bombeiros. Depois, mais carros da polícia. O Roberto com um grande hematoma na testa, um ombro especialmente dorido. Finalmente a esperada ambulância e o pessoal paramédico, que ajudaram a estabilizá-lo e a desembaraçá-lo do arnês antes de o levarem para dentro da ambulância e dali para o hospital. Nesse dia mais ninguém descolou e só chegaram ao aeródromo do Valle de Amblés o Christian e o Guty. A Vera e eu, bem como todos os outros, fomos para lá de carro para o jantarinho da ordem, gratos pelo facto de o Roberto estar razoavelmente bem, ainda no hospital mas aparentemente sem nada partido.

PortugalRicardo Marques da Costa @ 2024-06-13 16:45:19 GMT Linguagem Traduzir   
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