No dia seguinte a previsão era óptima: vento de 10 a 15 km/h com tectos entre 3100 e 3500 com nuvens. Foi estabelecida uma prova curta em que atravessaríamos Gredos de N para S para aterrar no aeródromo da La Iglesuela. Para evitar que atravessássemos pela parte pior, mais alta e com menos aterragens, estabeleceu-se uma baliza intermédia a 25 km de Piedrahíta. Os primeiros descolaram com vento fraco de O e quando chegou a minha vez o vento pôs-se de NE, impossibilitando a descolagem. Depois de meia hora de espera na dolly e de constatarmos que o vento não iria mudar, resolvemos mudar de pista, da 24 (OSO) para a 01 (N). Descolei com o meu reboque do costume, o Miguel no trike, que me levou a uma colina a S do aeródromo onde me larguei a 1500 m. Nessa primeira térmica subi 2100 m, até 3600 ASL, e pensei que, com o céu lindo de cúmulos que estava, ia ser canja chegar a La Iglesuela. Fui andando para SE ao longo da cordilheira S do vale de Ávila, sempre por baixo das nuvens abundantes, apanhei outra boa até 3100 m no limite da baliza e apontei a SSO para a travessia do planalto, cheio de fé que, à medida que o altímetro ia descendo sem que o variómetro mostrasse o mínimo de hipótese de subida, por cima de um terreno inóspito sem quaisquer aterragens e por baixo de uma cobertura de nuvens de 100%, foi diminuindo rapidamente até se transformar, a 300 m do chão e ao constatar a impossibilidade de atravessar os cumes a S do planalto, muito mais altos, e que o vento estava, nessa zona, forte de S (!!), se transformou em resignação e à procura de um buraco onde aterrar, o que fiz, com sucesso, de pé, parado, no ventão de S, num campinho a subir a 200 m da estrada principal e a 5 km dos cumes do lado S da serra. Meia hora depois chegou a minha Queridinha com a nossa carrinha, carregámos a asa e o equipamento até à estrada e fomos para La Iglesuela ter com o pessoal. Nesse dia chegou meio Mundo ao aeródromo menos o Juaki, o Marcos, o Konrad e eu.
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No dia seguinte a previsão era óptima: vento de 10 a 15 km/h com tectos entre 3100 e 3500 com nuvens. Foi estabelecida uma prova curta em que atravessaríamos Gredos de N para S para aterrar no aeródromo da La Iglesuela. Para evitar que atravessássemos pela parte pior, mais alta e com menos aterragens, estabeleceu-se uma baliza intermédia a 25 km de Piedrahíta. Os primeiros descolaram com vento fraco de O e quando chegou a minha vez o vento pôs-se de NE, impossibilitando a descolagem. Depois de meia hora de espera na dolly e de constatarmos que o vento não iria mudar, resolvemos mudar de pista, da 24 (OSO) para a 01 (N). Descolei com o meu reboque do costume, o Miguel no trike, que me levou a uma colina a S do aeródromo onde me larguei a 1500 m. Nessa primeira térmica subi 2100 m, até 3600 ASL, e pensei que, com o céu lindo de cúmulos que estava, ia ser canja chegar a La Iglesuela. Fui andando para SE ao longo da cordilheira S do vale de Ávila, sempre por baixo das nuvens abundantes, apanhei outra boa até 3100 m no limite da baliza e apontei a SSO para a travessia do planalto, cheio de fé que, à medida que o altímetro ia descendo sem que o variómetro mostrasse o mínimo de hipótese de subida, por cima de um terreno inóspito sem quaisquer aterragens e por baixo de uma cobertura de nuvens de 100%, foi diminuindo rapidamente até se transformar, a 300 m do chão e ao constatar a impossibilidade de atravessar os cumes a S do planalto, muito mais altos, e que o vento estava, nessa zona, forte de S (!!), se transformou em resignação e à procura de um buraco onde aterrar, o que fiz, com sucesso, de pé, parado, no ventão de S, num campinho a subir a 200 m da estrada principal e a 5 km dos cumes do lado S da serra. Meia hora depois chegou a minha Queridinha com a nossa carrinha, carregámos a asa e o equipamento até à estrada e fomos para La Iglesuela ter com o pessoal. Nesse dia chegou meio Mundo ao aeródromo menos o Juaki, o Marcos, o Konrad e eu.